26 de nov. de 2010

Cantinho da disciplina




Já volto, Goiânia.


beirada

Está por acabar
O quê?
O meu medo do fim



método

É tão bom ser retórico
idéias sobre idéias
juros sobre juros

que pagando as prestações
do que falo,
nem distingo
calmaria de apuros


DISCIPLINA

Até onde vou
em minha disciplina,
que até me leva
a um onde não sei
que acabo sendo.

E o qual me incomoda
num onde nem sei onde estou,
pois tanto as coisas que sinto
cá lá estão,
cá lá estou.
e o que não passa de mim
aonde fica perdido
em um mim onde não sou

qual eu realmente sou?
qual meu realmente seu?


Arquivista

Cá com as minhas cãs
cavuco lembranças sãs
Que lembram da vida que tive
e da que não

Procuro-me algo que recorde,
um ai, que seja,
um algo que esteja
em mim a caducar

Vou procurar,
aguarde,
em algum momento estarei presente,
quando voltar
a última lembrança ausente


Verborragia

Sou homem de palavra
de palavra
de palavra torta
de palavra muda
que muda
que mudo

Graffus,
grafismos,
grafites,
graffite,
gravado,
gravura,
grave,
grave palavra
fissura,

Me de componho
no verbo,
ser sí lá bar,
me particulo em orações atéias,
palavra a pronunciar



FICHAS

Não sei em quem acredito,
Não sei quem,
Não sei.
Sei
não.


romancices

Eu
COF
Te
COF, COF, COF
Ama... COF, RRRGGH, PLOC
ria.











Inté

17 de nov. de 2010

Vai pro pau


Novembro enfim.



Quems?

Eu amo ninguém!
Ah, como amo!
Mesmo só, ainda assim
anseio a sua presença

Amo em mil formas, mil jeitos,
até desamando: estou amando ao revês
Ninguém, ninguém,
ninguém mais assim pra te amar.

Estou cá a servir-te com este sentimento
que não serve de nada
E mesmo que alguém venha amar mais,
Estarei satisfeito sabendo que
ninguém me ama




Das contrariedade

Não sou do contra
Sou do eu
É que tem tanto contra
que acabo sendo






Agora

Agora, o que eu quero
É que tu me entenda.
Saiba que eu não sei
como saber nada.

Mesmo que vontade
venha sempre vir.
Saber nada, é
saber se iludir.

Sei, sou cruelmente
algo da minha mente.
Tão so consciência,
que é nó incessante

Descansar por um
momento que seja?
Daí talvez insista
pois talez não veja.

Quantas coisas que
não deixa de ser
nunca. Sempre estar.
Sempre algo a ver.

Posso parecer
até desconexo,
você permanece
no eterno gesto;

que enquanto exala,
nem mesmo percebe
o árduo duro peso
do momento breve.



Tortura
ou
Persistência
ou
Paus e barracas

com quantos nãos
se faz
um
sim?









Inté