20 de set. de 2010

oLé!




Os que eu mais dei folego foram "desvio" e "Pontual", mais no primeiro do que no segundo. O resto são esporádicos poemas; mais fáceis, ou proto-poemas difíceis.


momentum

Sentir
tão aguda felicidade
que rompe a manhã,
mata a noite,
pare o dia,

Uma só agulha
faz o verão



coveiro

Enterro minha tristezas
em covas mais diversas.
Com a pá bato três vezes
na terra fofa,
PAF
PAF
PÉIM...
... outra pedra que surge
Lá me ponho a cavar
novamente,
cavar,
cavar,
cavar,
cavando
tristemente



3,2,1,

homem-pomba,
homem-pomba
voa em pedacinhos,
alastrando a paz em seus miúdos
paz vermelha,
de tão branca



jogo político

direita, esquerda, tchap, tchap
esquerda, direita, tchap, tchap...
e o verão continua.



(Peixinho é)
ou
(Bater do sino)

Tanta lata desovando filho,
que mesmo filho parece lata



justa troca

Na troca mútua de humilhações
todos saem ganhando.



desvio

Bom é ver
como seus olhos tem medo
de outros

Vê você:
par de toureiro atiçando
dois touros



Indo para o tronco

De noite eu rirei
Todas des graças que de dia engoli?
E mesmo acertando o que errei,
ainda terei o sabor de que não venci?

E será que me perguntando
desenterrarei minhas próprias respostas?
Pois meu desespero já anda olhando,
como inventam e chicoteiam-se costas.



Manual I

Autístico,
a aute pelsegue
o autista,
outlo mundo,
sulealista.



Pontual

Com pontos juntei.
minha carne que separava,
quebrada uni,
Forçei à coladas

Com pontos quebrei.
minha carne grudada,
pregada separei,
Rasguei à pontadas

Por pontos eu passo.
Cirurgicamente.
ponto à ponto
passo à passo
consturando
despontando me acho.










Inté

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