15 de dez. de 2012

Diz: face








Novos escritos, projetos conjuntos, planos no ar, férias sem ferugem, dia de chuva. Estou aí...



Eu te verei pessoa
assim como imagino
cinco mais cinco dedos
cabeça ombros umbigo

A idéia logo destoa
frustante és tu fruto
incrustado em meus credos
desgrudas-te? desgrudo

Passa além; o som escoa
esvaem-se as fantasias
encontro e então percebo
sermos o que não sabia



rezo

AmémAmém
RezoAosOmens
AménsAméns
QueDetêmOsBens
AosMensAosMens
MeusDébitosDebatem
OBemAoBem
SeDeusesMeConvêm



Darei trança alguma, descerei as escadas

Quantas castas apartam os amantes
Dinastias a dizê-los distantes
Talvez chorem em torres
Ou com puta dores constantes



tor tur

Se não fizessem de nós
o que nós faríamos deles
talvez seria melhor
se fossem quem sabe
o melhor para eles



Cerveja nula

Cerveja
Na boca
Sedenta
Deseja
Arranja
Uma outra
Encontra
Mas pronta
Desgosta
Inventa
Se anula
Enrola
A língua
Entorna
A roda
Louca



Uma flama voa sem pressa
Mexendo o ar que a envolta
Bóia, inventa faz de conta
Faz gordas gotas, se condensa

Espalha-se e se dispersa
Quase sem cheiro, quase sem gosto
Nem se sabe se haveria oposto
Diriam que é mais que discreta

Uns crêem, uns comem, uns deixam
Que ela respire, que ela se mexe
Ela murcha flutua floresce
Por entre amoça e ameixa

Onde estaria? O que seria?
Mosca morta folha seca enterrada
Parece-me uma fúria delicada
Que me invoca todo dia



ABISSAL

Lá no fundo lar
Muito aquém da vista
No eterno afundar
Pousam parasitas

Mergulham insetos
Surge alienígena
Perdem-se incertos
Restos de famílias

Larvas entre a lava
Mastigam silêncio
Reina a gula antiga
De túmulo extremo

Fervilha mistério
O escuro que os guia
Frio é esse império
Onde o sol não pisca

Lá no fundo cais
Onde não se pisa
Nunca vá, jamais!
Lá não se arrisca

Lá tudo é segredo
Lá tudo é escuro
Lá tudo tem medo
Lá nada é seguro

Lá no oculto lá
No mais molhado imã
Esfria-se a esfera
Que a gente anda em cima



Re tratos

Quem figura na tela
tez exposta
mostra mais do que mostra
amostra do mundo
retrata-se ao todo
um pouco ao mesmo
tempo único

Um entretantos
um entretodos
estampa na face
um instante que depois
nunca mais
E o que se fez
desfaz-se?

Mas na vista algo resta
olhos que dizem
sem saber do que se trata
Insistem no gesto
congelado que jamais
gélido
nos secreta e nos relata

Como se estivesse
em pause
e ainda assim
prosseguisse alguma
ponte
um simples flash
insight

Destoam partes
recortes
Recaem semblantes
feições e frontes
perfis de frente
figuram
gente

Em cara o encarnar
reencarno
no que concerne
o cerne ao ausente
, só concreta o que é
escrita
excreta esquecida

Geram cores gradientes
aquilo que vemos no espelho
espera na folha
mais semblantes
o que diante de nós mesmos
fachada concomitante
casca crente

Aparece o ser
nos pelos da luz
pula
do plano
desapega do pretérito
para
o presente parto

Captura desprendida
a despedida repreende
part ida
em roubo de alma
ensacada em retângulo
escorrega peralta
deita ao melhor ângulo

Pois
me recobre
minha cobertura
,tão profunda captura,
que não recordo
nem reconheço
re trato









Inté

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