Novos escritos, projetos conjuntos, planos no ar, férias sem ferugem, dia de chuva. Estou aí...
Eu te verei pessoa
assim como imagino
cinco mais cinco dedos
cabeça ombros umbigo
A idéia logo destoa
frustante és tu fruto
incrustado em meus credos
desgrudas-te? desgrudo
Passa além; o som escoa
esvaem-se as fantasias
encontro e então percebo
sermos o que não sabia
rezo
AmémAmém
RezoAosOmens
AménsAméns
QueDetêmOsBens
AosMensAosMens
MeusDébitosDebatem
OBemAoBem
SeDeusesMeConvêm
Darei trança alguma, descerei as escadas
Quantas castas apartam os amantes
Dinastias a dizê-los distantes
Talvez chorem em torres
Ou com puta dores constantes
tor tur
Se não fizessem de nós
o que nós faríamos deles
talvez seria melhor
se fossem quem sabe
o melhor para eles
Cerveja nula
Cerveja
Na boca
Sedenta
Deseja
Arranja
Uma outra
Encontra
Mas pronta
Desgosta
Inventa
Se anula
Enrola
A língua
Entorna
A roda
Louca
Uma flama voa sem pressa
Mexendo o ar que a envolta
Bóia, inventa faz de conta
Faz gordas gotas, se condensa
Espalha-se e se dispersa
Quase sem cheiro, quase sem gosto
Nem se sabe se haveria oposto
Diriam que é mais que discreta
Uns crêem, uns comem, uns deixam
Que ela respire, que ela se mexe
Ela murcha flutua floresce
Por entre amoça e ameixa
Onde estaria? O que seria?
Mosca morta folha seca enterrada
Parece-me uma fúria delicada
Que me invoca todo dia
ABISSAL
Lá no fundo lar
Muito aquém da vista
No eterno afundar
Pousam parasitas
Mergulham insetos
Surge alienígena
Perdem-se incertos
Restos de famílias
Larvas entre a lava
Mastigam silêncio
Reina a gula antiga
De túmulo extremo
Fervilha mistério
O escuro que os guia
Frio é esse império
Onde o sol não pisca
Lá no fundo cais
Onde não se pisa
Nunca vá, jamais!
Lá não se arrisca
Lá tudo é segredo
Lá tudo é escuro
Lá tudo tem medo
Lá nada é seguro
Lá no oculto lá
No mais molhado imã
Esfria-se a esfera
Que a gente anda em cima
Re tratos
Quem figura na tela
tez exposta
mostra mais do que mostra
amostra do mundo
retrata-se ao todo
um pouco ao mesmo
tempo único
tez exposta
mostra mais do que mostra
amostra do mundo
retrata-se ao todo
um pouco ao mesmo
tempo único
Um entretantos
um entretodos
estampa na face
um instante que depois
nunca mais
E o que se fez
desfaz-se?
Mas na vista algo resta
olhos que dizem
sem saber do que se trata
Insistem no gesto
congelado que jamais
gélido
nos secreta e nos relata
Como se estivesse
em pause
e ainda assim
prosseguisse alguma
ponte
um simples flash
insight
em pause
e ainda assim
prosseguisse alguma
ponte
um simples flash
insight
Destoam partes
recortes
Recaem semblantes
feições e frontes
perfis de frente
figuram
gente
Em cara o encarnar
reencarno
no que concerne
o cerne ao ausente
, só concreta o que é
escrita
excreta esquecida
Geram cores gradientes
aquilo que vemos no espelho
espera na folha
mais semblantes
o que diante de nós mesmos
fachada concomitante
casca crente
aquilo que vemos no espelho
espera na folha
mais semblantes
o que diante de nós mesmos
fachada concomitante
casca crente
Aparece o ser
nos pelos da luz
pula
do plano
desapega do pretérito
para
o presente parto
Captura desprendida
a despedida repreende
part ida
em roubo de alma
ensacada em retângulo
escorrega peralta
deita ao melhor ângulo
Pois
me recobre
minha cobertura
,tão profunda captura,
que não recordo
nem reconheço
re trato
me recobre
minha cobertura
,tão profunda captura,
que não recordo
nem reconheço
re trato
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